Era, ou pelo menos parecia ser um dia normal. Entrei no ônibus, sentei e logo me distraí com um livro, até aí tudo bem, mas, de repente sou surpreendida por um homem que anuncia um assalto. Todos do ônibus ficaram paralisados, eu principalmente, pois não tinha nada para oferecer, ainda bem que ele não me notou, graças à quantidade de pessoas presentes no ônibus.
Depois disso procurei a delegacia e contei o acontecido na esperança de
providências. Infelizmente tive minhas expectativas frustradas.
-O que o ladrão levou dos passageiros? - perguntou-me uma moça que
atende as ocorrências na delegacia.
-Pelo que vi alguns celulares e dois notebooks, de mim não levaram nada.
Ela sorri.
-E o que você acha que podemos fazer? Se ao menos ele tivesse machucado
alguém. - disse sendo irônica.
Retirei-me dali indignada
No dia seguinte, voltei à delegacia.
- Moça, acabo de descer do ônibus, eles assaltaram novamente, mas dessa
vez eles saíram quebrando o ônibus e ameaçaram explodi-lo se alguém não
entregasse todos os pertences, algumas pessoas não tinham nada para oferecer,
lançaram a bomba e saíram correndo. Todos os presentes no ônibus conseguiram
correr, mas a explosão a sobrinha do prefeito. Mas… se você apelar para a
imprensa eles podem fazer isso novamente. E a sobrinha do prefeito não ficou
muito queimada, pois o socorro chegou logo.
Dias depois vejo uma reportagem no jornal, dizendo que prenderam uma
quadrilha que assaltavam ônibus. Policiais se “disfarçaram” de passageiros
comuns e quando anunciaram o assalto a polícia pegou-os em flagrante
É… “valeu apena mentir”
Autora: Mirele. 9º ano