Em um momento de correria pela cidade onde vivi, fui em busca de enfeites decorativos para a festa, em um momento consigo encontrar um minuto de descanso. Entro em uma lanchonete, a mais próxima que encontrei e antes de escolher qualquer coisa, só sento, fecho os olhos por 3 segundos a fim de relaxar e volto a minha postura.
Olhando através da vidraçaria da lanchonete, já com o lanche em mãos, deparo-me com uma mulher muito elegante por sinal, abordando um garoto que estava sentado em frente à igreja que havia naquele lugar, um garoto totalmente sujo e com uma feição triste.
Em um piscar de olhos, a mulher passa pela porta do local segurando a mão da criança que já não se continha de tanta felicidade, nem aparentava ser a mesma criança de 2 minutos atrás.
Chegando em frente ao balcão e muito próximo de mim, a mulher abaixou-se para ficar à altura da criança e lhe pede uma coisa: “_Escolhe o que você quiser”.
A criança em um gesto de surpresa misturado com emoção, com os olhos cheios de lágrimas lhe pergunta: “_Sério?”. E a mulher sem demonstrar incerteza alguma em seu tom de voz diz: “_É claro!” sendo assim, a criança faz o pedido.
Olho por toda a lanchonete, e não vejo mais ninguém além de mim observando aquela cena. Quando volto a olhar a criança, ela olha para mim com um enorme sorriso estampado no rosto, retribuo o sorriso com a mesma intensidade. Retiro-me dali muito feliz em saber que em um mundo de tanta crueldade, ainda existem pessoas que se importam umas com as outras.
Autora: Márcia, 9º ano
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