terça-feira, 13 de dezembro de 2016

[Crônica - finalista] - Quem disse que domingo não tem feira?(2014)



E todo domingo é a mesma coisa. Grito da mãe, sono arrastado, café com pão quentinho e... feira!!! Domingo sem feira é como namoro sem beijo. E lá vamos nós. Mamãe se arma do carrinho e de quebra carrego uma bela sacola florida. Feira em Uberaba é assim: colorida, barulhenta, divertida, com cheirinho de churrasquinho de gato e lo-ta-da! Todos esperam ansiosos pelo principal evento dominical da cidade. Enquanto mamãe se mistura às outras senhoras discutindo o preço do tomate e experimentando um gostoso abacaxi, me pego a observar aquela imensidão de pessoas que, em grupos ou sozinhas, por ali perpassam sem nenhuma pressa, afinal... é manhã de domingo. Em cada rosto cansado um sorriso animado, o corpo acompanhando uma música que toca na barraca ao lado. Crianças sendo puxadas pelos pais que nem sequer observam a boca lambuzada de sorvete barato que comprou ali perto. E o pastel com garapa! Ah! Essa é a vedete da festa! Vem gente lá do centro da cidade só para experimentar essa gostosura da feira da “Badia”. Tem aqueles que ficam em festa e bailes e acabam se encontrando em uma barraquinha de pastel para repor as energias. Famílias caminham felizes com aquele bonito galo amarrado para o almoço de domingo na casa da avó. Sem contar as barracas que durante a semana estão em outras feiras menores e não menos importantes nos bairros mais afastados da cidade. É hora de voltar, mamãe se aproxima com frutas, verduras, doces, ovos e até uma muda de flor. Vamos para casa após desfrutar de momentos ricamente divertidos que estão sempre tão perto da gente, mas que nem sempre os vemos com olhos de gratidão.

Aluna: Rafaella Vitória dos Santos, finalista da Olimpíada de Língua Portuguesa em 2014
Professora: Luciene Ribeiro de Carvalho Otaviano Escola: E. M. Adolfo Bezerra de Menezes – Uberaba (MG) 

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