quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

[2º Crônica] - A velha árvore


Já faz tanto tempo, mas é tão viva a lembrança, que ainda a vejo como meu consolo.
Aquela árvore frondosa e amiga, que me acolhia ao abrigo do sol, da chuva e até do vento impiedoso.
Desde pequeno, antes de conhecer o mundo eu aprendi a procura-la e fazer dela minha ponte de boas lembranças.
Quantas vezes, rindo ou chorando, encostava-me no seu tronco acolhedor: falando-lhe minhas alegrias ou minhas tristezas.
Parecia que mesmo ela muda e insensível ela me transmita sua compreensão e o seu consolo.
Eu também a entendi, e chegava mesmo a ficar triste ao vê-la perder as folhas no impiedoso outono e encurvar-se pelo impulso do vento nos dias de chuva e temporal.
Entretanto, eu me transformei, mais ainda hoje, sem ter um abrigo para me acolher na solidão, relembro com saudades daquela arvore amiga, que se perde na distância das estradas que nos separa.
Costumávamos ao sair da escola, mesmo morrendo de fome, ensaiar e íamos dançar toda tarde. Após dançar íamos de encontro aquela velha árvore. Costumávamos ficar lá, sentados sob aquelas folhas que eram nossas, contávamos nossos segredos uns aos outros, mas hoje o que resta é saudade.

Autor: Cristovão, 9ª ano



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