Já faz tanto
tempo, mas é tão viva a lembrança, que ainda a vejo como meu consolo.
Aquela árvore
frondosa e amiga, que me acolhia ao abrigo do sol, da chuva e até do vento
impiedoso.
Desde pequeno,
antes de conhecer o mundo eu aprendi a procura-la e fazer dela minha ponte de
boas lembranças.
Quantas vezes,
rindo ou chorando, encostava-me no seu tronco acolhedor: falando-lhe minhas
alegrias ou minhas tristezas.
Parecia que
mesmo ela muda e insensível ela me transmita sua compreensão e o seu consolo.
Eu também a
entendi, e chegava mesmo a ficar triste ao vê-la perder as folhas no impiedoso
outono e encurvar-se pelo impulso do vento nos dias de chuva e temporal.
Entretanto, eu
me transformei, mais ainda hoje, sem ter um abrigo para me acolher na solidão,
relembro com saudades daquela arvore amiga, que se perde na distância das estradas
que nos separa.
Costumávamos ao
sair da escola, mesmo morrendo de fome, ensaiar e íamos dançar toda tarde. Após
dançar íamos de encontro aquela velha árvore. Costumávamos ficar lá, sentados
sob aquelas folhas que eram nossas, contávamos nossos segredos uns aos outros,
mas hoje o que resta é saudade.
Autor: Cristovão, 9ª ano
Nenhum comentário:
Postar um comentário